domingo, 10 de maio de 2015

Perspectivas de trabalho

Ontem entreguei um trabalho que me foi pedido num gabinete na minha localidade. A pessoa que me contactou é meu colega/conhecido à alguns anos, apesar de nunca ter tido oportunidade até agora de elaborar nenhum trabalho com/para ele. Por esta razão eu senti alguma pressão de querer dar uma boa impressão das minhas capacidades, de forma a poder no futuro ser contactado para mais trabalhos do género. Esta situação colocou em perspectiva essa mesma hipótese de poder no futuro vir a fazer mais trabalhos para o gabinete. Por esta razão eu tive também alguma contenção na altura de acordar a quantia de dinheiro que queria receber, o que me fez relembrar também de algumas dimensões relacionadas com a minha relação com o dinheiro, nomeadamente a grande dificuldade que eu tive, no passado, em obter rendimentos, devido a estar desempregado, mas também pela minha situação familiar. Senti na altura em que estava a acordar a quantia de dinheiro que queria receber, que eu deveria considerar o facto de não me aproveitar da situação ao ponto de exigir mais do que o real valor do trabalho que eu iria ter. Eu poderia ter de facto exigido uma quantia superior pelo meu trabalho, mas não teria no entanto sido honesto comigo próprio pelo facto de me estar a sobrevalorizar num trabalho que pode ser muito facilmente feito por outra pessoa, especialmente atendendo ao facto de existirem bastantes engenheiros com escassez de trabalho, à espera de se fazerem valer da sua maior experiência, como de resto até ao momento têm vindo a acontecer.
Neste momento eu tenho estado com alguma carga de estudo para fazer, devido a estar em vias de terminar uma formação. Desta forma eu tomei a direcção de adiar para o fim-de-semana o estudo da formação, visto que me foi pedida alguma celeridade para fazer o trabalho para entregar no gabinete. Durante o fim-de-semana vou estar a pôr em dia algum estudo atrasado, para que para a semana não tenha que sentir a pressão de ter coisas atrasadas, nomeadamente alguns trabalhos de grupo que tenho para acabar.
Perdão-Próprio:
Eu perdoo-me por aceitar e permitir a mim mesmo querer causar uma boa impressão no meu colega que trabalha no gabinete de engenharia, ao ponto de achar que se eu não passar essa boa impressão, eu não terei hipóteses no futuro, de fazer outros trabalhos para o gabinete;
Eu perdoo-me por aceitar e permitir a mim mesmo recear que o meu trabalho seja feito por outra pessoa, bastando para isso que eu mostre alguma falha no meu trabalho;
Eu perdoo-me por aceitar e permitir a mim mesmo sentir que estou a fazer algo erradamente ao executar um trabalho requerido, pensando que poderei passar a ideia de que não estou á altura do que me é solicitado, em vez de parar e respirar, dando-me o tempo suficiente para analisar a tarefa que tenho que fazer e não colocando pressão adicional proveniente de eventuais julgamentos que eu possa estar a criar;

Quando e assim que eu me veja com receio de não ter trabalho no futuro que me conceda um rendimento, eu paro e respiro, colocando a minha atenção no momento presente. Comprometo-me a parar qualquer julgamento de limitação quando estou a realizar determinado trabalho, aplicando a devida atenção e realizando qualquer trabalho com o devido profissionalismo, agindo em cada momento em senso-comum.

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