Ontem entreguei um trabalho que me foi pedido num
gabinete na minha localidade. A pessoa que me contactou é meu
colega/conhecido à alguns anos, apesar de nunca ter tido oportunidade até agora
de elaborar nenhum trabalho com/para ele. Por esta razão eu senti alguma
pressão de querer dar uma boa impressão das minhas capacidades, de forma a
poder no futuro ser contactado para mais trabalhos do género. Esta situação
colocou em perspectiva essa mesma hipótese de poder no futuro vir a fazer mais
trabalhos para o gabinete. Por esta razão eu tive também alguma contenção na
altura de acordar a quantia de dinheiro que queria receber, o que me fez
relembrar também de algumas dimensões relacionadas com a minha relação com o
dinheiro, nomeadamente a grande dificuldade que eu tive, no passado, em obter
rendimentos, devido a estar desempregado, mas também pela minha situação
familiar. Senti na altura em que estava a acordar a quantia de dinheiro que
queria receber, que eu deveria considerar o facto de não me aproveitar da
situação ao ponto de exigir mais do que o real valor do trabalho que eu iria
ter. Eu poderia ter de facto exigido uma quantia superior pelo meu trabalho,
mas não teria no entanto sido honesto comigo próprio pelo facto de me estar a
sobrevalorizar num trabalho que pode ser muito facilmente feito por outra
pessoa, especialmente atendendo ao facto de existirem bastantes engenheiros com
escassez de trabalho, à espera de se fazerem valer da sua maior experiência,
como de resto até ao momento têm vindo a acontecer.
Neste momento eu tenho estado com
alguma carga de estudo para fazer, devido a estar em vias de terminar uma
formação. Desta forma eu tomei a direcção de adiar para o fim-de-semana o estudo
da formação, visto que me foi pedida alguma celeridade para fazer o trabalho
para entregar no gabinete. Durante o fim-de-semana vou estar a pôr em dia algum
estudo atrasado, para que para a semana não tenha que sentir a pressão de ter
coisas atrasadas, nomeadamente alguns trabalhos de grupo que tenho para acabar.
Perdão-Próprio:
Eu perdoo-me por aceitar e
permitir a mim mesmo querer causar uma boa impressão no meu colega que trabalha
no gabinete de engenharia, ao ponto de achar que se eu não passar essa boa
impressão, eu não terei hipóteses no futuro, de fazer outros trabalhos para o
gabinete;
Eu perdoo-me por aceitar e
permitir a mim mesmo recear que o meu trabalho seja feito por outra pessoa,
bastando para isso que eu mostre alguma falha no meu trabalho;
Eu perdoo-me por aceitar e
permitir a mim mesmo sentir que estou a fazer algo erradamente ao executar um
trabalho requerido, pensando que poderei passar a ideia de que não estou á
altura do que me é solicitado, em vez de parar e respirar, dando-me o tempo
suficiente para analisar a tarefa que tenho que fazer e não colocando pressão
adicional proveniente de eventuais julgamentos que eu possa estar a criar;
Quando e assim que eu me veja com
receio de não ter trabalho no futuro que me conceda um rendimento, eu paro e
respiro, colocando a minha atenção no momento presente. Comprometo-me a parar
qualquer julgamento de limitação quando estou a realizar determinado trabalho,
aplicando a devida atenção e realizando qualquer trabalho com o devido
profissionalismo, agindo em cada momento em senso-comum.
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